terça-feira, 3 de março de 2009

A vontade de partilhar uma alegria

É com a devida autorização que reproduzo para este blogue a seguinte carta, escrita do modo porventura mais pessoal, ou seja, pela mão do seu subscritor.

Seminário episcopal de Angra, 28 de Outubro de 1996

          Caro Chefe Jaime,
                    as minhas mais cordiais saudações escutistas

É com muita alegria que lhe estou a escrever para lhe comunicar que no próximo dia 6 de Novembro, dia em que a Igreja e o C.N.E. celebram a memória do nosso patrono beato Nuno de Santa Maria, vou fazer a minha promessa de chefe na capela do seminário.
Os chefes do agrupamento do seminário propuseram-me ao clã para chefe juntamente com outros dois colegas e fomos os três aceites pelo nosso clã 25 Bento de Góis. Em seguida o clã elegeu-me para chefe do agrupamento, cargo que irei assumir depois da promessa.
Não podia deixar de partilhar consigo e com todo o agrupamento 171, esta minha alegria.
Agradeço ao agrupamento 171 e muito especialmente a si toda a formação e vida escutista que possuo, pois foi aí que comecei na alcateia até chegar ao clã. O escuteiro que sou, a vós o devo e dou graças a Deus por isso, sentindo-me muito honrado por ter nascido no 171, que nunca deixei e que trago sempre no coração.
Muito gostaria de fazer a minha promessa na nossa igreja das Angústias, mas como estou no seminário e vou servir e chefiar o agrupamento 114, sinto-me na obrigação, com respeito aos meus colegas, de fazer a promessa em Angra.
Também muito gostaria que fosse o Chefe Jaime a presidir à minha promessa, mas as distâncias não perdoam.
Apesar das distâncias tenho a certeza de que o Chefe Jaime estará comigo em sintonia de espírito no dia 6 de Novembro, pelas 18 horas. Também pode ficar certo de que estará no meu coração e qualquer que seja o chefe a testemunhar a promessa, para mim o senhor é que está a fazê-lo.
Espero e desejo que as actividades do 171 para este ano escutista estejam a decorrer da melhor maneira, dentro de toda a mística escutista.
Sem mais nada de momento envio uma grande canhota a todo o 171, chefes e pessoal. Um beijinho à Chefe Belmira e à Chefe Estrela.
Para si, meu grande Chefe, um forte abraço de Cristo ressuscitado.

Sempre alerta par servir
Marco Martinho

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A bordo do Prince William e Stavros S Niarchos

O postal diz assim:
Dear Chief Jaimie [assim mesmo, Jaimie]
Thank you to you and your wife for a wonderful evening. The food was one of the best [sublinhado no texto original] meals I have had in my life. Best of all it was a privilege to be in your home and to meet your family. Thank you for your generous hospitality. Kindes regards, Liz (nurse)

Tradução:
Querido Chefe "Jaimie",
Agradeço, a si e à sua esposa, o serão maravilhoso. A comida foi uma das melhores que comi em toda a minha vida. Mas melhor que tudo foi o privilégio de ter estado em vossa casa e ter conhecido a vossa família. Muito obrigado pela vossa hospitalidade tão generosa. As mais carinhosas saudações da Liz (enfermeira).

Na simplicidade quase telegráfica deste postal é possível identificar pelo menos três das características que encontramos sempre no Chefe Jaime e na sua companheira:
  • a hospitalidade e arte de bem receber
  • os dotes culinários
  • a intensidade das emoções e dos afectos despertados
Consultar aqui o site das Tall Ship Adventures.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Uma saudação aos Chefes

O sonho que nos levou ao cume do Quilimanjaro é da mesma essência que levou o Chefe Jaime e a Chefe Belmira a tanto lado, com tanta criança e jovem.
Uma das facetas do dom do Chefe Jaime é a capacidade que ele sempre teve - ainda tem - de tornar um pequeno acampamento, ali montado quase à saída da porta da casa dos jovens, sem passar sequer além da Ponta Furada, parecer uma empresa do tamanho da subida ao Kilimanjaro, tal a maneira como ele consegue despertar o entusiasmo e a imaginação das crianças e jovens.
Dois de nós pudemos já, em conjunto, participar em actividades com o Chefe Jaime e a Chefe Belmira. 
Num dia destes falaremos aqui de uma célebre caldeirada, comida à volta das ameias do castelo de Porto Pim, lá pelos meados dos anos 90, divertidamente regada... com água da chuva!... logo a seguir às mais convictas e tranquilizadoras previsões meteorológicas do Chefe Jaime, que, no "pequenino" erro humano que naquela altura tocou em vez ao Chefe, por isso mesmo, deixou uma bem-humorada memória de um momento de confraternização único.
Um abraço muito amigo ao Chefe Jaime! Um beijinho muito terno à Chefe Belmira!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Lições de Pedagogia do Chefe Jaime - 1

No dia 29 de Dezembro, deixei assim escrito no meu blogue "Psicologia, ensino e aprendizagem":

Com o Chefe Jaime, a gente sempre aprende sem se dar conta.Na maior parte das vezes, ao pé do Chefe Jaime, as coisas fazem-se, acontecem; habitualmente com prazer e alegria.
Com ele, balouçando na sua pequena chata à saída de Porto Pim, o mais desajeitado e desesperançado aprendiz de pescador, em menos de meia volta da hora, dobra-se sobre o bordo da pequena embarcação e olha avidamente lá para o fundo do mar, radiante da descoberta de dotes pessoais nunca imaginados. Nesta altura, de nariz quase a tocar a água salgada, límpida e suave de temperatura, procura-se já escolher este aqui, sim, aquele ali, não, tal é já o convencimento do poder sobre as águas e os peixes.
Não foi em vão que o Padre António Vieira pôs o Santo António a pregar aos peixes, estes estão na alma - ou nos genes, tanto faz - de qualquer jovem português... que caia nas mãos do Chefe Jaime, numa tarde de verão, ali p'rós lados de Porto Pim.
Vou falar mais vezes aqui do Chefe Jaime. A vida dele com jovens de tantas partes é um manancial de exemplos de boa psicologia e boa pedagogia.Por agora quero apenas deixar aqui registada uma pequena quadra que encontrei, hoje de manhã, na Biblioteca da Horta, num livrinho de José Machado de Serpa (1864-1945), A fala das nossas gentes.
É que ontem, dia de grande ventania, voltei à pontinha, bem lá à frente, "onde a terra acaba e o mar começa", do Monte da Guia. Na subida, sem abrandar a cadência da marcha, fiquei por momentos a olhar o Monte Queimado, que nunca subi, e dei conta de ser tomado pela curiosidade de escalar aquela pequena elevação, que me daria uma perspectiva sobre a cidade da Horta, que nunca tive antes. Depois, lá mesmo na pontinha do Monte da Guia, cuidei de ver bem onde punha os pés, tal a força do vento. Por vezes, dava um ou dois passos que eram o bastante para o vento desaparecer de todo.
Por isso, achei engraçado encontrar a seguinte passagem no livro que referi. A quadra está feita à medida do Chefe Jaime:
"Vento de entre os montes", isto é, de entre o Monte da Guia e o Monte Queimado do Faial - vento de refregas.
"Olho no mar e olho no vento,
É do mestre, lição de bom tento,
Porque assim manobra o barco,
Nunca seu barco vai p´ró charco".

P.S. - Passaram cerca de duas horas desde que escrevi este apontamento. O Chefe Jaime faz hoje anos! Acaba de me telefonar a dizê-lo e a convidar-me a jantar hoje em sua casa! Ele há mesmo coisas curiosas!...

Escuteiros fazem cruzeiro nas ilhas dos Açores

"Pelas 14:00 horas, do dia 10 de Abril de 2004, um grupo de escuteiros (10) pertencentes ao Agrupamento 1197 - CNE (Escuteiros Marítimos de Ponta Delgada) partiu, na embarcação Alabote (levando a reboque o semí rígido "Jacques Cousteau"), ao encontro do Veleiro, a fim de saudar o Capitão Bob e a sua tripulação. (...)"



"(...) Do Faial, terra de boa gente, nunca nos esqueceremos da hospitalidade sempre presente e amiga do Chefe Jaime (responsável pela organização no Faial), Chefe de entre os Chefes, amigo do seu amigo, anfitrião para grandes momentos."

Luís Filipe Machado


Ler aqui a notícia completa.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Reconhecimento de mérito

Em Maio de 1996, o agrupamento n.º 171 do Corpo Nacional de Escutas, das Angústias – Horta, nos Açores, escreveu assim no n.º 39 da sua folha de notícias, Ao redor da fogueira, logo a seguir a uma fotografia dele, fardado, olhando do jeito que se costuma explicar que é de quem olha para o futuro:
Não é possível dissociar a história deste Agrupamento da de um homem, que desde que há escuteiros na Ilha do Faial, lhes tem dedicado a sua vida.
Por isso, ao nos sentirmos de parabéns pelo nosso 33.º aniversário, não podemos de deixar de dar-lhe também parabéns pelos anos que dedicou a esta organização, sobretudo porque sabemos que ele acha que não terem sido em vão.
Chefe Jaime da Silva Alexandre, muito obrigado por podermos sempre contar consigo!
- Poderá também contar sempre connosco!
Em nome de todos os escuteiros e chefes do Agrup. 171.
Pirolito