Rui Alexandre, irmão do Chefe Jaime, e a sua esposa Noémia |
"Meus queridos amigos,
É tão difícil estar longe! Tanto que eu queria estar perto e ser o primeiro e o último a abraçar o meu irmão Jaime! Tanto que eu queria, mais a minha mulher, estar ao pé da Belmira e dar-lhe o maior conforto do mundo que nós pudéssemos!
Estar longe e não poder chorar junto de quem parte e de quem sofre é uma coisa terrível, amigos!
O nosso grande conforto foram os telefonemas que recebemos, as mensagens, as coisas que lemos no Facebook. Em todo o lado nós pudemos perceber os grandes amigos que o Jaime e a Belmira têm, e tantos deles estiveram bem perto a ajudar a passar estes momentos de tão grande tristeza.
No fundo, os que, como nós, são familiares têm a obrigação de estar perto e de apoiar, mas a solidariedade e o carinho dos amigos é outra coisa, é ouro de outro quilate.
Não sei como poderei agradecer tudo o que fizeram pelo Jaime e estão fazendo pela Belmira.
Os seus amigos foram, para além da família, tudo o que de mais importante na vida o meu irmão teve. E os escuteiros, a gente nunca soube se eles faziam parte da família ou dos amigos do Jaime, ele gostava tanto deles!
Amigos, em nome da minha mulher, dos meus filhos, dos meus netos e em meu nome, peço-vos que acreditem e aceitem o nosso mais sincero agradecimento pelas pessoas maravilhosas que foram sempre na vida do meu irmão Jaime e não deixaram de ser neste momento terrível do seu falecimento.
Estamos todos profundamente sensibilizados por tudo aquilo que temos ouvido, por tudo aquilo que temos lido acerca do meu irmão. Nós já sabíamos que ele tinha muitos amigos e que gostava muito de todos, mas, sinceramente, não tínhamos ideia de tanto forte que eram - e com certeza vão continuar a ser - os laços de amizade, carinho e companheirismo de tantos para com o Jaime e a Belmira.
Não nos levem a mal que deixemos um abraço de gratidão muito especial ao senhor Luís Filipe Machado, sua esposa e filhos, que acompanharam sempre, com muito carinho e sem fraquejar nunca, o meu irmão enquanto ele esteve em São Miguel, no hospital. Também à afilhada Estela, que será sempre um tesouro ao lado da nossa cunhada Belmira; e ao Carlos, que teve a difícil e corajosa missão de ir falando connosco, mesmo que fosse para nos dar as notícias que menos queríamos alguma vez ouvir. Repito, não nos levem a mal que falemos apenas destas pessoas, já que tantas são as que nos vêm ao pensamento e que vamos guardar nos nossos corações com a mesma ternura e com a mesma gratidão.
Do fundo do coração, a todos o nosso BEM-HAJAM!"