terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Chefe Jaime, o meu herói, um dos meus melhores amigos.

 O José Henrique Azevedo é, certamente, um dos muitos escuteiros que tiveram o privilégio de crescer e aprender com o "pedagogo" único, como o considerou, também hoje, na igreja das Angústias, o senhor padre Júlio, venerável ancião de quase 90 anos de idade.
Provavelmente fazendo voz de tantos que sentiram e sentem como ele, o Zé Henrique, partilhou com todos os que se juntaram na triste, mas muito fraternal e carinhosa, cerimónia de hoje, a seguinte mensagem:
“Caros amigos:
Esta mensagem, embora seja minha, acredito que seja sentida da mesma forma por muitos de vós.
Conheci o Chefe Jaime com 11 anos no Agrupamento 171 das Angústias.
Nos anos seguintes o Chefe Jaime transformou-se no meu herói. Levou-me a experimentar, a viver e a sonhar com muitas actividades que me encantaram e me fizeram apaixonar pelo escutismo, e que fez com que me mantivesse lá pelo menos mais 25 anos.
Foram os jogos, as canções, os Fogos-de-Conselho, as actividades na sede, a alegria, a amizade, a tomada de responsabilidade, os desafios, as vitórias, as derrotas, mas também o querer servir…
Com a idade, o Chefe Jaime deixou de ser o meu herói, como é normal, mas continuou a ser meu amigo, um grande amigo, um dos meus melhores amigos, daqueles que infelizmente nem temos tantos assim…
Ao fim de 41 anos de amizade continuei a achar formidável a sua capacidade de tocar verdadeiramente o coração de tantas pessoas, através da sua alegria, amizade e boa disposição.
Agradeço-lhe aqui, perante vós, tudo o que de bom ele deu a milhares de pessoas, principalmente jovens, ao longo de 50 anos ao serviço do escutismo, e não só…
Espero um dia voltar a fazer um Fogo-de-Conselho com ele e com mais uns amigos nossos, para colocarmos o Maior de Todos os Chefes a rir e a cantar connosco!
Obrigado Chefe Jaime, o senhor foi como me disse um rapaz do continente que o conhecia, e a quem ontem participei a sua morte, “…uma pessoa fantástica à brava!…”
Foi a memória viva do 171, não se cansava de contar todas as suas histórias.
Que muitos Chefes Jaimes apareçam para que o Mundo se torne um lugar melhor!!!...
Um grande beijo para a D. Belmira, e para as pessoas que a têm ajudado… “

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